Escrevendo de mãos dadas

Tô aqui segurando a mão de cara que mal sei quem é, estou trêmula e sem jeito. Um momento um tanto constrangedor, mas também curioso e engraçado.

O professor pediu para escrevermos sobre este momento, o que estamos sentindo nesta situação. Estou tentando, de um jeito meio torto porque escrever de mãos dadas com um desconhecido não é uma tarefa muito fácil. Ao mesmo tempo, estou curiosa para saber o que meu parceiro escreve.

As palavras não vem, fico sem saber o que escrever, a posição torta começa a incomodar. Mas é curioso como é simples aproximar-se das pessoas, um simples toque muda tanta coisa. Aproxima.

Mas tudo o que sinto agora é muita vergonha. Logo eu, a tagarela de plantão.

Soltamos as mãos, a primeira sensação é de alívio. Me sinto mais tranquila e menos tímida. Ufa! Volto a ser eu mesma. É estranho como me torno uma pessoa completamente diferente quando me deparo com uma situação completamente inusitada. Mas acho que não sou a única né, todo mundo tem seus momentos de timidez quando a situação é nova. Menos mal, não fujo tanto dos padrões de pessoas normais (eu acho).

Mas a cena de hj me deixou tensa, nervosa, sentia a mão suar. Putz, será que ele percebeu? Olha só, nem se quer perguntei o nome do rapaz. É isso que dá não permitir que as coisas fluam sem medo do resultado final. Merda de timidez momentânea.

[Texto escrito durante um exercício em aula (curso de redação publicitária). O texto é simples, mas experiência e o resultado são surpreendentes.]

É Carrascoza você manda bem mesmo.

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